domingo, 14 de novembro de 2010

Não ache que perdi a razão, eu sei o que devo e o que não posso.
Sei quão discreto se espera do comportamento da moça que te olha, mas que perde o fino jeito quando nota todos os sentidos confundidos com a tua mera presença.

A alma pode levar contigo, mas deixa boca, mãos e o tal do sorriso.
Ah, se soubesses... pararia de sorrir de tão fotografado pela íris da moça que não se enxerga.
Que atrevida! Acha a pobre que pode cativar tão interessante vítima desse encanto repentino.

Depois de tantas belas demostrações a moça se despede em abraços roubados,
Roubou o último e por fim retorna à sanidade.
Não te quer mais provocar, mas nunca, jamais deixará de apenas te olhar.

Agora, de longe, pois finalmente se pôs a imaginar que não, talvez queira dizer..não!

Discretamente, entre pausas e notas e cordas e acordes ela apenas olha e não para de olhar... Mas te libertou do encanto que não se deixou encantar.

Despediu-se ela no único beijo de forma tão incomum quase roubado. Despediu-se ela dos bilhetes rabiscados, mas o desejo, este ela cultiva e transforma tudo em belas e singelas palavras. E você virou apenas poesia.

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