Nossas fraquezas, nossos erros, a morte, as crenças, tudo é uma grande piada. Um irnonia sem tamanho. Uma hipocrisia descarada....
Os amores não correspondidos e que não são poucos durante a vida. A falta de juízo que toma conta das pessoas mais centradas quando estamos apaixonados. O olhar que temos de nós mesmos. Nossa mania de achar que a vida do outro é sempre mais perfeita, mais divertida. Agora, se for para medir os problemas aí somos egoístas, pois achamos que só nós estamos sofrendo. Nos achamos incompreendidos. Nossa dor é maior que a dor do outro.
E o ciúmes de quem amamos, o medo de perder as pessoas. A busca por um padrão de beleza, de status. Nossa, quanta necessidade de ser aceito.
Quantas vezes olhamos para o telefone esperando alguém ligar. Sonhamos com aquela pessoa e ela nem sabe. Porque não simplesmente ligamos? Porque não roubamos um beijo? Porque nos falta tanta coragem. Coragem de voar de asa delta. De persistir num sonho. De fazer umas locuras do bem de vez em quando. Olha que coisa, nos falta coragem para viver.
Li uma vez que a morte também é engraçada. Pois você faz planos, passa uma vida estudando, se matando de trabalhar, não desiste. Supera fracassos. Sonha. Adia uma ligação, combina de pegar um cinema, pendura as contas na geladeira. Fica pensando se aceita sair com aquela pessoa. Marca uma hora no cabelereiro. Conversa com o cachorro. Briga com o namorado. Você tem milhões de coisas para resolver. Tem uma viagem planejada para o final de semana. E de repente... no meio da tarde, você morre. Você, logo você que era tão centrado, gostava de analisar, de pensar... pensou, pensou.... não fez nem metade do que queria e numa bela tarde de sol... pimba... tudo acaba. Rsrs..você não pula de bunge jumping porque tem medo da corda arrebentar, aí sai na rua e um louco atira em você porque gostou do seu tênis.
Para que diabos, sentimos tanto medo de viver? De amar? De fazer aquilo que temos vontade? Porque precisamos mentir, nos esconder, fingir? Não somos o que somos. Somos o que querem que sejamos. Isso sim, é uma piada. Nos anulamos para nos adequarmos ao que esperam de nós. Porque? Temos medo de quê? Da solidão? Dos nãos? Gastamos um tempo valioso tomando decisões e sempre preocupado com o que vamos perder. Nunca nos lembramos do que vamos ganhar. Uau... como somos confusos. Como gostamos de complicar. E quanto tempo perdemos tentando achar as respostas. Quando na verdade a vida não precisa de tantas explicações. Precisamos sim é viver. Intensamente.
Precisamos sair, acordar cedo, buscar o sentido das coisas. Amar, recomeçar, viver paixões loucas, sonhar acordado, desejar. Fazer aquilo que lhe pareça mais diícil. Conhecer gente. Perdoar. Precisamos chorar como crianças. Rir de tudo. Colocar as emoções para fora. Parar com essa mania de achar que temos que parecer forte. As pessoas que se julgam fortes demais correm o risco de se tornarem insensíveis. E ser sensível não é sinônimo de ser fraco, chorão. Na minha humilde opinião, ser sensível é apenas ter coragem de sentir. Sentir uma música. Sentir um final de semana ao lado dos amigos. Sentir a energia das coisas. Vibrar. Pulsar. Tocar, experimentar, ver, ouvir. Usar todos os sentidos. Conhecer antes de julgar.
A vida é engraçada porque vivemos buscamos a felicidade. Poucos entenderam que a felicidade é uma sensação, um estado de espírito. Ela nasce e morre dentro de nós. Ela nada mais é que a capacidade que temos de sentir a vida, que a forma como encaramos as coisas. Nossa maneira de pensar é que nos tornam menos medrosos e mais felizes. Encontrar prazer em qualquer situação é a maneira mais gostosa de encarar os desafios.
A vida vai deixar de ser uma piada quando você entender o que significa ser você mesmo, ser livre de você mesmo e quebrar os seus próprios muros. O seu interior é que guia o seu exterior. Entenda que a vida é para ter graça e não para ser engraçada.
