quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Nada como um dia após o outro, nada como o tempo para responder às perguntas, nada como enxergar além do óbvio. Nada como saber a hora exata de seguir ou recuar. Nada como a liberdade de escolhas, nada como saber até onde insistir, nada como ter paciência para entender que não é como a gente quer. Nada como reconhecer onde há verdade e onde tentam mascará-la. Nada como reconhecer o próprio valor. Nada como saber que existem coisas na vida que não se exigem, ou as pessoas te dão ou você está colocando a sua intensidade onde não existe nada. Nada como dizer sim ou não na hora certa. Nada como reconhecer amigos de verdade. Nada como reconhecer o amor. Nada como se desobrigar do que te impuseram. Nada como saber que você merece mais e o melhor. Nada como ser livre... e poder voar

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Eu me entrego, eu vivo o que me agrada. Eu arrisco, não fico na dúvida. Eu acordo, sinto que acabou a graça da piada, sinto que tudo mudou sem o meu consentimento. Eu me renovo e o ciclo se repete...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

‎"Através do humor nós vemos no que parece racional, o irracional; no que parece importante, o insignificante. Ele também desperta o nosso sentido de sobrevivência e preserva a nossa saúde mental." (Charles Chaplin)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Não acho justa a ausência. Não me sinto confortável com o não poder. Não sei sentir no silêncio absoluto. Não sei não sentir saudade. Finjo que desconheço o óbvio e insconscientemente espero pelo que está deveras longe de ser. Desculpe se sou estranha a ponto de ser intensa. Não mais escreverei a minha falta de juízo. Exijo que antes de partir de mim, me devolva a sensatez.........

domingo, 5 de setembro de 2010

Quem sabe o tamanho do valor que tem, não consegue mais aceitar menos do que merece. Quem conhece o prazer da reciprocidade não consegue gostar sozinho. Quem quer muito mais da vida, não aceita mais o morno. Chega o dia em que é tudo ou nada, menos o tal meio-termo.

A culpa é do céu

Dias frios e cinzentos sempre me causaram uma estranha sensação de carência e nesta tarde, encontro em pequenos prazeres a droga que preciso para acalmar meus anseios.

Fecho os olhos e canto para amores que não existem, danço para me sentir mais leve e mais protegida pelas mãos de quem conduz, escrevo para externar sentimentos confusos e contraditórios, leio para afastar a solidão que se aboletou em meu sofá sem a menor cerimônia.

Minhas mãos passeiam pelo braço de um violão, os dedos tocam as cordas com precisão e os sons saem claros, bonitos e passeiam pela sala fazendo ecoar dentro do meu ser sensações que são traduzidas em lágrimas. Lágrimas que não são sinônimos de tristeza, mas de libertação daquilo que sufoca.

Deixo a imaginação me dominar fazendo poesias que me levem para onde eu gostaria de estar realmente.

Saio e dirijo pela cidade completamente sem rumo. Ruas vazias, avenidas sem fim, uma música de fundo e pensamentos tentando encontrar alguma resposta.

E cada pequeno prazer se faz necessário para anestesiar os efeitos de um dia nublado.

Ela, a realidade!!

Depois de passar algum tempo tomando doses homeopáticas de uma certa ingenuidade, ontem me embriaguei de realidade e lucidez. Foi quase uma overdose. E em meio à confusão causada por este estado alterado, toquei-lhe o rosto e ela, a realidade, permitiu que sua máscara fosse retirada e se mostrou como realmente é.

Levei um susto na hora. Ela não é bonita, muito menos simpática. Ela até nos causa uma certa náusea. Sua palidez incomoda.

Num primeiro instante a vontade era de sair correndo, mas depois de alguns toques leves, perdi o medo e a encarei. Prometi naquele momento só nosso que a partir de agora, caminharemos juntas. Prometi que irei reconhecê-la em qualquer cisrcusntância, mesmo que me custe uma felicidade momentânea, mesmo que ela viva se escondendo atrás das necessidades de cada ser.

Foi o melhor porre da minha vida, sem dúvida. E quando amanheceu, ainda com sintomas de ressaca, descobri outra sensação que aquele louco momento de lucidez me trouxe: A esperança de encontrar aquilo que realmente existe e não aquilo que eu acho que existe, mas não posso ver e nem tocar.