terça-feira, 20 de julho de 2010

A cidade onde vivo


A cidade onde vivo deveria ser muito mais bem tratada
Crianças na rua deveriam representar a liberdade que já nos foi roubada
Haveria menos pressa e muito mais verde
Seria tão perfeita como os versos de Caetano, como a voz dos cantores líricos
Não haveria nas ruas a tristeza que se vê e finge que não está lá
As pessoas poderiam dizer bom dia!!
Haveria gentileza no trânsito ou quem sabe nem houvesse trânsito
Os sorrisos, a receptividade, o calor estariam sempre presentes
As senhorinhas teriam sempre com quem conversar no banco da praça
A política nos encheria de orgulho e a violência não seria tão banal
A cidade onde vivo teria escolas entre as melhores do país, quiçá do mundo
A cultura nasceria junto com nossos inocentes bebês
Poderíamos ir aos estádios torcer pelo time do coração sem correr o risco de não voltar para casa
As noites seriam apenas deliciosamente misteriosas e poderíamos até respeitar os faróis
Não temos mar, mas poderíamos ter mais fontes e acalmar nossas almas no barulho das águas
"A cidade onde vivo" é um sonho, uma fantasia, um devaneio de uma alma carente de paz e felicidade coletiva
Ahh São Paulo, quem me dera os sonhos pudessem sempre se tornar realidade.


Por Daise Almeida

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